[REVIEW] Parenthood - Episódio Piloto - Temporada 1

[REVIEW] Parenthood - Episódio Piloto - Temporada 1

Parenthood é a nova aposta de drama do canal NBC que traz nomes de pesoentre seus protagonistas, incluindo Lauren Graham de Girlmore Girls. A série é baseada no filme homônimo de 1989 estrelado por Steve Martin, Mary Steenburgen e Rick Moranis e contava a história dos Buckman, pais e filhos com os problemas e diferenças presentes em quase toda família, que utilizando do amor e da união familiar, tentam se entender e superar as adversidades da vida.
Os protagonistas principais sãos os quatro irmãos: Maura Tierney (ER), Erika Christensen (Six Degrees), Peter Krause (Six Feet Under) e Dax Shepard (dos filmes Zathura e Idiocracy). Outros personagens de grande importância na série são também interpretados pelos conhecidos: Craig T. Nelson (CSI: NY), Mae Whitman (In Treatment), Sam Jaeger (Eli Stone), Monica Potter (Trust me) e Sarah Ramos (Runaway).

A série tem início quando Sarah (Lauren Graham), divorciada e mãe de dois filhos adolescentes, se vê obrigada devido a problemas financeiros, deixar sua casa e voltar a viver na casa dos pais em uma cidade do interior. A personagem se mostra ao mesmo tempo que guerreira e disposta a tudo pelo bem dos seus familiares, ser frágil, carente e extremamente insegura no que diz respeito a sua vida pessoal. Mal chegou na cidade e sua irmã lhe arranja um encontro amoroso as escuras com um homem que ela namorou na época da adolescência, e apesar de ter ficado revoltada no início do encontro pelo fato de ele ser apenas um balconista café, careca e sem grandes feitos na vida, os dois ficam juntos quando ela percebe sua sensibilidade ao ter guardado por vinte anos o anel que ela lhe devolveu quando eles romperam no passado.

Seu filho Drew é sensível, tanto que ao flagrar sua mãe e novo namorado semi-nús na cozinha resolve fugir para a casa do pai, mas é esnobado por ele e conta com o apoio dela, onde vivem a melhor cena do episódio. Completamente no oposto encontra-se sua irmã Amber (que já no primeiro episódio é acusada de portar maconha), adolescente rebelde e inconformada por ir viver no interior, que antes de ser arrastada pela mãe tenta ir morar com o namorado tatuado. Apesar de parecer agressiva com muita maquiagem, piercings e fumando em qualquer local, demonstra no fundo ter um laço forte com esta mãe, com quem vive em confronto.
Crosby, um dos quatro irmãos da família, trabalha em um estúdio que ao que parece trata-se de uma gravadora e namora a mesma namorada a muitos anos, mas se desentendem muito porque ele é incapaz de assumir compromissos, mas resolve tentar mudar quando sua companheira decide engravidar através de uma doação de sémen. No final do episódio, vemos que muita coisa vai acontecer com ele, pois uma dançarina com quem ele dormiu cinco anos atrás aparece dizendo que tem um filho dele.
Julia é a irmã certinha, bem sucedida advogada que casou com Joel, o homem certo que cuida da filha deles enquanto ela precisa dispor de quase todo seu tempo no escritório. Ao que se percebe sua temática principal será a relação com a filha pequena Sydney que demonstra desprezo pela mãe e preferência pelo pai.
Adam tenta de todas as formas ser presente na vida de todos da família, lidando com o pai que não o deixa em paz e que mostra ainda não ter percebido o quanto a criação dura que lhe deu o deixou marcas, e com o filho pequeno Max, que foi diagnosticado com Síndrome de Asperger, uma espécie de autismo avançado e tem profundas diferenças que intrigam a família, mas reforçam ainda mais a união dos parentes. Sua esposa é frágil e tenta lidar com a negação do marido perante o problema do filho, deixando um pouco de lado a filha do casal, que pouco aparece no episódio, mas tem um perfil de garota certinha.
No geral pode parecer um piloto um pouco fraco para a grande competição de audiência que as séries enfrentam ao longo de suas temporadas, mas eu aprendi que não se deve julgar uma série por seu piloto, pois muito pode acontecer. Apesar das semelhanças com Brothers and Sisters, confesso que prefiro Parenthood, que apesar de apresentar temáticas fortes e profundamente emocionais na estrutura familiar, me pareceu mais leve que a da concorrente ABC, ao menos um pouco mais saudável que aquela intromissão na vida de irmãos e pais que me causa muita estranheza.
Ainda não dá para saber se a série terá futuro ou não, mas torço para que ela consiga ir para frente, porque tem atores incríveis e um pano de fundo bem construído que se for bem trabalhado tem tudo para conquistar o público. Vamos acompanhar e ver o que acontece.